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Unemat discute economia solidária em Tangará da Serra
Unemat discute economia solidária em Tangará da Serra
14/10/2005 11:22:54
por Coordenadoria de Comunicação Social

Universitários, professores, religiosos, integrantes de movimentos sociais como MST, indígenas, cooperativas de várias regiões de Mato Grosso e do país discutem em Tangará da Serra alternativas para consolidar uma rede de economia solidária. O III Emesol, Encontro Mato-grossense de Educação e Sócio Economia Solidária promovido pela Unemat contou ainda com a realização de uma feira de produtos solidários, os interessados podem participar do encontro que termina nesse sábado.

A abertura ocorrida na noite de quarta-feira contou com a presença do prefeito de Tangará, Julio César, vereador José Jaconias que falou em nome do legislativo municipal, integrantes do MST e lideranças pareci, além da presença dos representantes do Ministério de Meio Ambiente, Claudia Maria Caloi, do Ministério do Trabalho, Fernando Kleiman e da professora Maria Nezilda Culti, que integra a Unitrabalho, além do pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Unemat Laudemir Zart.

Durante a solenidade de abertura a Unemat e a Prefeitura de Tangará da Serra assinaram um convênio para a realização de um curso de pós-graduação e extensão de economia solidária. Para o pró-reitor da Unemat, Laudemir Zart, a assinatura do convênio representa um marco para a formação, que vai contribuir para que lideranças sociais se qualifiquem no sentido de organizar empreendimentos solidários.

A conferencista Maria Nezilda Culti, que está defendendo uma tese de doutorado sobre economia solidária, destacou os desafios da economia solidária com base na experiência brasileira. Ela lembrou os principais desafios e as perspectivas para a consolidação dessa economia no país são desmistificar o que é economia solidária e aproximar a produção do mercado consumidor.

Fernando Kleiman, do Ministério do Trabalho ressalta a importância de consolidar a economia solidária como alternativa de renda para a população e distinguir. Durante o evento ele lembrou que o Governo Federal possui linhas de apoio para empreendimentos solidários novos e também para empreendimentos que passam a ser geridos trabalhadores que assumem uma empresa em regime falimentar.

A representante do Ministério do Meio Ambiente, Claudia Maria Caloi, também enumerou as formas como o governo federal pode contribuir com grupos que desenvolvam atividades solidárias que tenham o agro-extrativismo como base.

O Emesol é considerado uma alternativa para os movimentos sociais como forma de aproximar a produção para o centro consumidor. Eles ressaltam que a comercialização ainda é o principal entrave para o desenvolvimento da economia solidária.

Durante a feira de produtos solidários o agricultor Juliano Guimarães do Assentamento Antonio Conselheiro lembrou quem um dos principais desafios é reunir a produção individual e comercializar em conjunto como forma de colocar o produto a um preço mais competitivo no mercado. Outras cooperativas, como Mulheres de Fibra, de Nova Olímpia, onde as cooperadas utilizam a fibra da cana-de-açúcar na produção artesal, também estiveram presentes como forma de estreitar relações com o mercado consumidor.

A Unemat já está preparando o próximo encontro de educação e sócio-economia solidária. O coordenador do Emesol, professor Wilson Luconi Júnior, lembra que nesses três anos, muito já foi conquistado em economia solidária e a perspectiva é que a região do Araguaia receba as discussões em 2006.

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